Publicado em 05/08/2019 - ponto-de-vista - Da Redação
Escrever
um texto, uma crônica ou uma matéria crítica sobre determinado evento, o
jornalista e ou escritor almeja atingir seu público leitor, compartilhando sua
visão. O jornalista escritor não visa agradar ou atingir determinada pessoa ou
leitor porque não é seu foco. Desenvolve seu texto no seu raciocínio e sua
lógica, como na correnteza do rio: vai fluindo e levando o seu pensamento junto
para vários pontos, até agarrar-se a alguma coisa que o impeça de descer rio
abaixo. No entanto, enfrenta resistência de desfavoráveis, com críticas que vão
e vêm, mas não impedem a continuação desse pensamento. Mesmo em meio à
turbulência, segue seu rumo. Desamarra-se, rompe-se a resistência. Não se
preocupa se vai ser lido, acessado muitas vezes, elogiado ou questionado. Não
importa. A matéria do produto final é o resultado do que o pensador levou aos
seus leitores. É a apresentação dos acontecimentos para todos e não para uma
minoria, que, eventualmente, pode não ser o melhor projeto. Ou, pelo menos, não
corresponder aos objetivos da expressiva maioria. Restringir não é o ideal para
uma comunidade no presente. Esta é a razão da existência dos veículos de
comunicação e do jornalista: apresentar o que acontece nos bastidores dos
órgãos públicos (que estão temporariamente no poder), informar, atualizar,
questionar e sugerir o melhor. Eu, quando escrevo, objetivo atingir um público
que possa expressar sua crítica, tendo gostado ou não do que foi escrito. Só
não aceito pressão conceitual. Preocupa-me a lisura da informação e a liberdade
de expressão. É como na Lei Colomb, importante lei da Física, que estabelece
que a força eletrostática entre duas cargas elétricas é proporcional ao módulo
das cargas elétricas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que
as separa. Então, quando eu escrevo um artigo, ele é diretamente proporcional a
minha visão da realidade e inversamente proporcional às idéias duplamente
antagônicas. Meu objetivo é continuar na mesma linha editorial desde há muito;
e isso é fácil de resolver, leiam-me ou não, ou então é mudar pra Cuba ou pra
Coreia do Norte. “E siga la pelota”.
Fernando
de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
– e-mail: fmjor31@gmail.com