Delegado divulga maior apreensão de "coca pura" e afirma que rico também vai preso em Guaxupé

Publicado em 24/10/2016 - regiao - Da Redação

Delegado divulga maior apreensão de "coca pura" e afirma que rico também vai preso em Guaxupé

O delegado Gabriel Belchior João, da 18ª Delegacia Regional de Segurança Pública, divulgou nesta de segunda-feira, 24 de outubro, detalhes a respeito da apreensão de aproximadamente dez quilos de drogas, entre maconha, cocaína e crack, numa residência da Alameda das Glicíneas, que fica no Parque das Orquíedas, em área nobre de Guaxupé. Ocorrido na última quinta-feira, o flagrante resultou, ainda, na prisão do guaxupeano Eschines Russo Júnior, de 27 anos, popularmente conhecido como “Esquinho”. Conforme as autoridades, trata-se do maior movimentador de cocaína refinada da região, o qual habitualmente fornecia narcóticos exclusivamente à classe social alta. Numa entrevista rápida, mas contundente, a PC deixou claro que sua atuação é implacável não só para criminosos das áreas periféricas, mas também aos praticantes de delitos que enquadram-se nas alas mais abastadas, financeiramente falando.

Dr. Gabriel recebeu a imprensa para informar sobre a operação: “Ele era um grande fornecedor de cocaína principalmente para a classe alta da sociedade de Guaxupé e nunca despertou a desconfiança das pessoas comuns, mesmo porque morava num bairro também de classe alta, o que gerava pouca suspeição. A partir do momento em que recebemos informações, juntamos com o que já tínhamos contra ele. Sabedores de que era um grande traficante de cocaína de Guaxupé e região, fornecendo drogas para várias festas, inclusive raves e congênitas, logramos êxito a partir do cumprimento do mandado de busca e apreensão, no encontro de quase dez quilos em quantidade e qualidade de droga diferenciada. Foi a maior apreensão da Polícia Civil, com mais de três quilos de cocacína pura, a qual, depois de “batizada”, triplica na quantidade e também no valor. Em valores financeiros, acredito que houve um prejuízo entre R$ 50 mil a R$ 80 mil para o tráfico de drogas”, disse o delegado.

Criticado por não ter dado ampla divulgação à captura do rapaz, o delegado respondeu durante a coletiva: “Foram investigações envoltas de mais de seis meses, com várias campanhas e observações investigadoras, que culminaram também com a chegada da equipe nova e os esforços do pessoal mais antigo, que já estava mais a par da situação.Muitas pessoas têm criticado nossa atitude, de não ter soltado fotos, mas tratou-se de um flagrante complicado, muito corrido e, nos devidos momentos, tudo vai sendo encaixado. Tanto, que esta entrevista está sendo feita hoje! A Polícia Civil atua onde existe o crime! Não importa se são pessoas com menos ou mais condições, haja vista o resultado da apuração feita na Câmara dos Vereadores. Então, onde estiver ocorrendo o crime, a Polícia Civil e o Estado... ou melhor, os servidores decentes, que cumprem seu papel, vão atuar de maneira correta e constitucional”, garantiu ele.

Com a prisão de Esquinho, a polícia acredita ter causado um grande incômodo aos consumidores de drogas ocupantes da chamada classe mais abastada: “Somente ele foi preso, pois era o responsável pelo recebimento, a administração e a distribuição desta droga aqui, na nossa Comarca. Ele era o fornecedor para a classe um pouco mais favorecida, financeiramente falando, aqui de Guaxupé. O pessoal aí, com um pouco mais de condições, terá dificuldade em encontrar uma droga da qualidade como a dele. Eles terão que ir para outros pontos, mas aonde eles forem, nós estaremos de olho e, no momento certo e legal, efetuaremos as prisões”, finalizou o delegado.

FONTE:  JORNAL JOGO SÉRIO / Guaxupé