Publicado em 21/02/2013 - regiao - Da Redação
Prefeitura cobra ressarcimento ao consumidor
O biólogo Francisco Fraietta informou que a água na estação de tratamento não apresenta mais os
problemas que incomodaram a população nos últimos dias e disse que a Copasa vai esvaziar seus reservatórios para voltar a enchê-los com a água sem a presença das substâncias geradas pelas algas. O biólogo também recomendou que a população esvazie e limpe seus reservatórios para que estes estejam preparados para receber a nova remessa, terminando de vez com incômodo. Fraietta também foi incisivo ao afirmar que a água de colocação alterada não causa danos à saúde “Nossa primeira ação foi detectar se as substâncias eram nocivas. Somos uma empresa responsável e se a água pudesse afetar a população teríamos interrompido o abastecimento imediatamente”, diz.
O problema ocorrido nos últimos dias fez com que a COPASA começasse no sábado um processo de coleta de água em várias profundidades no lago de Furnas para ver se eles encontram um lugar mais apropriado para captação da água. Indagados se não haveria como prever esta situação, Fraietta disse que isto já havia sido previsto, tanto que em 2002 a COPASA construiu na estação de tratamento carmelitana um flotador, usado apenas em Carmo do Rio Claro, que trabalha separando o líquido dos resíduos sólidos, mas com a proliferação das algas elas geraram substâncias que não puderam ser contidas de início.
O problema
A explicação apresentada pela COPASA para a alteração no odor e gosto da água foi justificada pelo aumento de algas no lago de Furnas causado pela baixa da represa. Segundo a empresa, quando o nível do lago subiu, a vegetação que ocupava o espaço da água se decompôs virando nutriente, alimento para as algas, o que ocasionou o aumento destas e a produção das substâncias que causaram a diferença na água. A Chefe da Seção de Epidemiologia, Rousemeire Soares de Oliveira, entrou em contato com o senhor Eduardo Tanure, do Laboratório de Pesquisas Ambientais e Recursos Hídricos da Unifenas, a quem contou sobre o caso de Carmo do Rio Claro, e este afirmou que a explicação apresentada pela COPASA é coerente, acrescentando que quando as algas apresentam substâncias que causam odor e gosto na água é um indício de que elas não são nocivas. Rousemeire também falou com o químico do laboratório de Furnas que também autenticou a explicação apresentada pela empresa.
A equipe das Vigilâncias Epidemiológica e Sanitária cobrou junto aos representantes da COPASA o ressarcimento ao consumidor que pagou por um produto alterado e gastou com a compra de água mineral. Estes informaram que a questão esta sendo discutida entre os diretores da empresa e que precisam aguardar parecer.