Câmara quer erradicar a murta do Carmo do Rio Claro

Publicado em 19/10/2010 - regiao - Assessoria de Comunicação

A Câmara Municipal de Carmo do Rio Claro aprovou, na 32ª Sessão Ordinária do dia 14 de outubro, o Projeto de Lei 011/2010, de autoria do vereador Juliano Alves da Silva (DEM) que proíbe em todo território do município de Carmo do Rio Claro o plantio, cultivo, transporte e a produção de árvores da espécie Murta.
O arbusto é um dos principais hospedeiros da bactéria Candidatus liberibacter ssp., que é disseminada pelo inseto vetor Diaphorina citri, transmissor da doença HLB ou Greening (Huanglongbing) que atinge os cítricos (limão, laranja e tangerina) e compromete toda a planta, incluindo os frutos.
Em até 360 dias, após a publicação da lei, a prefeitura poderá elaborar um projeto para a erradicação da murta, com a substituição de todas as árvores desta espécie existentes na cidade. Para que a meta seja cumprida, podem ser firmadas parcerias com Órgãos Públicos Federais, Estaduais e Municipais, além das instituições privadas.
O autor do projeto busca mudas de outras árvores na região para substituição das murtas. Com a chegada das plantas, a Câmara irá iniciar uma campanha para cadastrar todos os que queiram efetuar as trocas de murtas por outras mudas.
A doença
Segundo o Fiscal Agropecuário, engenheiro agrônomo e assistente técnico de defesa sanitária vegetal do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Walderi Alderman Leite, durante explanação sobre a doença aos vereadores na sessão do dia 27 de setembro, após o aparecimento do “Greening”, a doença não pode ser contida. “A murta é um planta ornamental e é hospedeira da bactéria que transmitem o Greening. É importante erradicar a murta já que a planta, uma vez contaminada, também poderá continuar a propagar a doença através do inseto vetor”.
Walderi também citou que alguns municípios de São Paulo e Paraná já possuem leis que pedem a erradicação da murta. “Existe uma legislação que impede a propagação da planta, mas nada que peça sua erradicação”.
Em Carmo, a doença já foi diagnosticada pela primeira vez numa propriedade em 2007. Alguns bairros como o Honduras, possuem murtas plantadas para arborização.