Publicado em 02/03/2018 - regiao - Da Redação
Além da
tosse persistente há mais de três semanas, outros sintomas como febre no final
da tarde, suores noturnos, perda de peso, dor torácica e dispnéia também
caracterizam a tuberculose. “Havendo o quadro de tosse pelo período superior a
três semanas já é importante procurar atendimento médico. Nas unidades de saúde
é feito o exame laboratorial de escarro. Com a chegada deste resultado, o
paciente é encaminhado ao Programa Municipal de Tuberculose, para
acompanhamento e tratamento. Mesmo o resultado negativo não exclui a
possibilidade de tuberculose e, nestes casos, a investigação prossegue com exames
de imagem, como raio-X de tórax ou tomografia”, explica a enfermeira Cristina
Filomena Lazzari Gomes, referência técnica do Programa.
Existe
ainda uma pequena possibilidade de transmissão da mãe ao bebê, por meio da
placenta. Por isso, as gestantes também precisam ficar atentas. A vacina BCG
(Bacillus Calmette-Guérin) aplicada logo após o nascimento é muito importante,
mas imuniza especificamente contra as formas graves da doença, o que não impede
uma pessoa vacinada de contrair a tuberculose ao longo da vida.
O Programa Municipal de Tuberculose oferece atendimento por meio de quadro clínico composto por enfermeiro e técnico de enfermagem, médico infectologista, nutricionista e técnica de laboratório. O tratamento é medicamentoso, por meio de antibiótico, e a doença tem cura. “De 15 a 30 dias após o início do uso da medicação, o paciente já deixa de transmitir a doença, então, para garantir a integridade própria e de outras pessoas é fundamental procurar o serviço de saúde. De cada 100 pessoas que tossem frequentemente, pelo menos três têm a tuberculose. Este é um sintoma que realmente merece atenção”, enfatiza a enfermeira. Atualmente, em Poços, 15 pacientes estão em tratamento no Programa Municipal que atende no segundo andar da Policlínica Central.
ascom