Publicado em 15/12/2010 - regiao - Assessoria de Comunicação
O Grupo de Trabalho em Humanização (GTH) do PSF de Poços de Caldas, se reuniu pela segunda vez na segunda-feira, 13/12, nas dependências do Sesc. A reunião, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, apresentou o planejamento das ações para 2011, na área de Humanização no Atendimento. O projeto foi lançado em 29 de novembro, com a participação de 150 pessoas, entre enfermeiros, auxiliares, médicos, pessoal administrativo, agentes comunitários das equipes de PSF. O objetivo é discutir ações que tornem o atendimento em saúde mais humano e receptivo ao paciente.Humanização
O Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) é um dispositivo inserido na Política Nacional de Hunamização (PNH) para o SUS, com o objetivo de intervir na melhoria dos processos de trabalho e na qualidade da produção de saúde para todos. O GTH institui-se em qualquer instância do SUS e é integrado por pessoas interessadas em discutir os serviços prestados, a dinâmica das equipes de trabalho e as relações estabelecidas entre trabalhadores de saúde e usuários.
Por Humanização entende-se a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde. Os valores que norteiam esta política são a autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a co-responsabilidade entre eles, o estabelecimento de vínculos solidários, a participação coletiva no processo de gestão e a indissociabilidade entre atenção e gestão.
Trata-se de instituir uma “parada” e um “movimento” no cotidiano do trabalho para a realização de um processo de reflexão coletiva sobre o próprio trabalho, dentro de um espaço onde todos tenham o mesmo direito de dizer o que pensam, de criticar, de sugerir e propor mudanças no funcionamento dos serviços, na atenção aos usuários e nos modos de gestão.
A construção de um grupo de trabalho aproxima as pessoas, possibilita a transformação dos vínculos já instituídos, além de estabelecer um ambiente favorável para compartilhar as tensões do cotidiano, as dificuldades do trabalho, acolher e debater as divergências, os sonhos de mudança e buscar, por meio da análise e da negociação, potencializar propostas inovadoras.
“Algumas vezes, o trabalhador da saúde está tão acostumado ao seu trabalho, à rotina ou ao seu lugar institucional, que não consegue pensar, isoladamente, em alternativas diferentes. O trabalho em grupo proporciona o encontro das diversidades subjetivas, provoca novas articulações e a possibilidade de implementar propostas coletivamente”, conclui Celso Donato Filho.