Publicado em 20/05/2018 - regiao - Da Redação
O advogado Mauro Gil atua como chefe de Gabinete do Executivo de Alterosa e exerce importante função junto ao prefeito Hermes de Souza Silva (PSB). Principalmente, considerando a necessidade de equilíbrio nas contas públicas diante das dificuldades financeiras comuns em todos os municípios.
A liderança lembrou que todas as cidades de Minas Gerais tem sofrido com o atraso nos repasses do governo mineiro como ICMS, IPVA, multas de trânsito e recursos nas áreas de saúde e assistência social. Os municípios também são penalizados com a redução no repasse de medicamentos e número de exames. Portanto, a crise estadual acaba afetando também os municípios.
Mesmo diante desta situação, o chefe de Gabinete foi direto ao falar sobre a situação em Alterosa: “De maneira geral, temos sobrevivido”. Revelou que o município tem enfrentado dificuldade com a folha de pagamento dos servidores públicos municipais. É dedicado um esforço no sentido de reduzir o quadro de pessoal e, consequentemente, o percentual que já se encontra muito próximo do limite legal. Porém, é uma situação complexa, pois a demanda de serviço não cessa e até aumenta em algumas áreas. Além disso, se a prefeitura demite acaba agravando a crise na cidade, com reflexos no comércio e demais áreas da economia.
O chefe de Gabinete esclareceu que a administração tem buscado o máximo de economia, através do corte de gastos e eventos, como por exemplo o rodeio no Distrito de Cavacos que foi realizado no ano passado. No carnaval deste ano foi possível economizar mais de R$ 100 mil. “Temos tentado cortar aquelas despesas que não são essenciais”, garantiu.
VALORES NA SAÚDE
Mauro Gil revelou que a Secretaria Municipal de Saúde enfrenta as maiores dificuldades da administração exatamente pela falta de recursos financeiros. O governo estadual reduziu de forma drástica o envio de medicamentos e exames. A administração tem tentado gerir da melhor forma possível, promovendo economia em outras áreas para o melhor investimento na saúde. Também buscando a redução e melhor aproveitamento nas viagens de pacientes.
A saúde municipal, segundo o chefe de Gabinete, se concentra mais na atenção básica e pronto socorro. Já os atendimentos de médica e alta complexidade acabam ocorrendo em sua maioria fora do município. Este fato também acarreta despesas com deslocamentos, pagamento de clínicas, sendo que muitos exames e cirurgias não tem cobertura pelo SUS. Com isso, o município fica obrigado a contratar serviços com recursos próprios.
Ao mesmo tempo, o profissional revelou que recentemente o município teve a felicidade de ter conseguido diversas emendas junto a vários deputados federais na área de custeio para a saúde. Nos próximos meses, o município deverá receber valores próximos a R$ 1 milhão, ajudando sobremaneira o sistema de saúde do município e a própria Santa Casa local.