Publicado em 12/02/2015 - regiao - Da Redação
A Diocese de Guaxupé lançou, na tarde de quarta-feira, 11 de fevereiro, a Campanha da Fraternidade 2015, cujo tema é “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e o lema: “Eu vim para servir”. Realizado no Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, o lançamento destacou o objetivo do Catolicismo de ir ao encontro das comunidades, ofertando benefícios distintos em favor principalmente dos menos favorecidos, nos aspectos sociais e espirituais.
A apresentação foi conduzida pelo bispo Dom José Lanza Neto, o qual dividiu uma mesa diretora com o reitor do Unifeg, professor Reginaldo Arthus, o padre Reginaldo da Silva, que é Cura da Catedral e o diácono Clayton Bueno Mendonça. Na primeira parte, o pastor diocesano enfatizou a importância do tema escolhido: “O objetivo geral da Campanha, este ano, é ‘aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus’”, disse Dom Lanza.
Durante toda a sua explanação, o bispo priorizou a necessidade do diálogo para com os povos, em geral. Mais do que isto, cobrou uma participação mais efetiva da Igreja nos assuntos de interesse popular, nacionalmente falando: “A Igreja Católica reclamou sobre sua falta de espaço e participação nas questões coletivas. Ela está a serviço, pois quer edificar o reino de Deus, por meio do Evangelho. Se voltamos há 60, 70 anos, recordaremos que a Igreja sempre esteve presente, construindo, por exemplo, orfanatos, escolas, hospitais e, por isto, iremos de novo ao encontro desta história”, disse Dom Lanza, que lembrou, ainda, de pelo menos duas importantes e recentes ações da Igreja, que foram as coletas de assinaturas para os projetos da “Ficha-Limpa” e a pretendida Reforma Política do Brasil (que pede maior participação das mulheres na política, além do voto distrital e fim das campanhas bancadas pela pessoa jurídica).
Com relação ao tema, propriamente dito, a Campanha da Fraternidade deste ano resultará numa verdadeira mobilização da Igreja, que irá ao encontro das comunidades: “Já estamos fazendo isto, com a realização das ‘Santas Missões Populares’ e, nesta dinamicidade, continuaremos a representar os valores do reino de Deus, buscando uma linguagem direta com o povo, apontando para os desafios e aprofundando esta relação, à luz do Evangelho, a partir do serviço e da cooperação”, disse o líder religioso, que mencionou a “chave missionária”, onde serão colocados os interesses dos cerca de um milhão de pessoas, localizadas nas cidades pertencentes à Diocese.
Já o padre Reginaldo comentou sobre a Campanha da Solidariedade, que a Igreja realiza todos os anos: “Em 2014, conseguimos realizar importantes projetos para Guaxupé com os recursos conquistados. Num deles, equipes de padres percorreram as inúmeras instâncias rurais, onde vistoriaram as condições de trabalho de mais de trinta mil lavradores, contratados para trabalhar na safra cafeeira”, divulgou ele, que teve a fala sucedida pelo diácono Clayton: “O lema da Campanha da Fraternidade deste ano chama a atenção pela figura do Papa Francisco, lavando os pés de uma das ovelhas de seu rebanho. Recordemos o ‘Lava-pés’ e nos conscientizemos de que o lema, que tanto nos ilumina, diz que a Igreja quer servir, que ela está em plena servidão”, complementou o religioso.
Feliz pela ocasião, o reitor do Unifeg, professor Reginaldo, destacou a importância do lançamento da Campanha: “É uma alegria terem escolhido este Centro Universitário para sediar o lançamento de uma campanha onde a Igreja sai de si para servir. Sou daquele tipo de pessoa que acredita que ciência e fé devem caminhar juntas, pois o mundo sempre muda para melhor quando isto acontece. Estamos numa sintonia direta com nosso pastor, o bispo Dom Lanza e vivemos num momento de muitas angústias, quando esta força da Igreja será, com certeza, fundamental nas propostas de melhorias à sociedade”, finalizou o dirigente, que elogiou as palavras de Dom Lanza: “Nosso bispo lembrou muito bem o Estatuto do Idoso e eu diria que os novos direitos sociais é que tem feito mudanças no País e não a política econômica. Os novos códigos sociais implantados no País nasceram das lideranças religiosas. Dom Lanza representa uma liderança mundial. Portanto, este tema, da Campanha da Fraternidade, já nasceu vinculado naquilo que há de mais importante, que foi a ciência. Então, caminharemos lado a lado. Quero agradecer de novo à parceria de termos lançado a Campanha da Fraternidade fora de seus muro religiosos e nos incluir neste momento especial”, finalizou Arthus.
FONTE: ASCOM / UNIFEG