Publicado em 13/08/2014 - regiao - Da Redação
Inaugurado em março de 2013, o aterro sanitário de Paraíso recebe o lixo de toda a área urbana do município, dos distritos de Guardinha e de Termópo-lis e também da zona rural, em um total de 50 toneladas de lixo por dia. O fato coloca Paraíso como cumpridor da lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, de número 12.305/10 e modelo para região.
A secretária do Meio Ambiente, Yara de Lourdes Souza Borges, comemora o cumprimento das determinações e diz que “o aterro paraisense opera com regras da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). O lixo doméstico captado é primeiramente pesado e depois despejado no aterro em área determinada e impermeabilizada. É compactado e determinada quantidade de terra é jogada por cima. Há a drenagem de gases e do chorume, que vai para uma lagoa onde terá um tratamento, o que não acontece hoje ainda porque não tem a quantidade suficiente. É importante ressaltar que o aterro funciona tecnicamente, obedecendo minuciosamente o que é exigido pelo estado”, descreve Yara.
O lixo reciclável
Coleta seletiva abrange todo o distrito de Guardinha, de forma organizada, com a atuação de um estagiário contratado pela “Associação de Desenvolvimento Ambiental Amigos de Paraíso”, que vem fazendo um trabalho de conscientização com os moradores do distrito, de porta em porta. Além de gincanas realizadas regularmente na escola e na creche lá existentes e a coleta feita por meio dos participantes do grupo “Vida Ativa”.
Desde a semana passada está funcionando a coleta de lixo reciclável em um setor da cidade que abrange diversos bairros, nas proximidades da Vila Formosa, onde está sendo distribuído um questionário de casa em casa. “Peço que as donas de casa colaborem com esse trabalho. É um questionário que vai nos dar um diagnóstico preciso dessa questão na cidade. Temos que nos preocupar com isso, não só pela quantidade, como também pela qualidade do que é produzido, porque é um material precioso que pode servir de matéria prima e voltar para as indústrias. Precisamos pensar que antes se falava de recursos ‘renováveis’, mas hoje sabemos que não é assim”, reflete a secretária.
O trabalho de coleta seletiva deve passar a ser feito também no Centro e na Lagoinha, em 15 dias. “Mesmo ainda não tendo a coleta em toda a cidade, eu aconselho a dona de casa a começar a separar o lixo reciclável e se tiver uma quantidade maior, é só ligar na Acomarp (Associação dos Coletores de Materiais Recicláveis de Paraíso) e pedir o recolhimento”, informa Yara.
Outros lixos
A secretária do Meio Ambiente informa que Paraíso também já possui área destinada ao descarte de entulho de construção civil. “Ainda há lotes servindo de despejo para esse tipo de entulho, mas a administração municipal tem feito a limpeza desses locais. Estamos também colocando placas e temos pedido à comunidade que denuncie se vir alguém descartando esse tipo de lixo em lugar inadequado”, diz.
O local de descarte fica no Alto Bela Vista, onde é um areeiro, que tinha um área degradada. “A área precisava de recuperação e esse entulho está servindo para essa recomposição. A outra quantidade não usada no próprio local, é selecionado e usado em recuperação de estradas”, disse.
Houve uma intensa fiscalização para que esse tipo de lixo não fosse mais jogado em locais inapropriados. Havia 19 pontos na cidade de descartes irregulares com grande quantidade de entulho. “Identificamos quem fazia esse descarte irregular e fizemos um trabalho educativo, conseguindo um êxito muito bom. Ainda não conseguimos resolver totalmente o problema em quatro pontos, mas falta pouco”, comemora a secretária.
Outro tipo de lixo que já tem seu destino certo é o de restos de poda. “Esse lixo é descartado no Parque da Serrinha. Daqui dois meses começa a funcionar a compostagem desse material, que vai transformá-lo em um composto orgânico, que vai servir de adubo para o paisagismo das praças, para o viveiro de mudas e para outros locais. Estamos apresentando esse projeto aos alunos, inclusive de outras cidades. Mostramos como esse trabalho está sendo desenvolvido, desde a formação de mudas até a compostagem desse adubo”, conta Yara.
Recuperação
Outro aspecto da lei que está sendo cumprido na cidade é a recuperação do antigo lixão, que funcionava na MG 050, nas proximidades da balança. “Nós já não reconhecemos mais aquela área como um lixão. Por meio de um projeto, já fizemos a contenção das águas pluviais, colocamos a camada de terra necessária, plantamos gramíneas. Ainda há muito que ser feito naquele local, mas a natureza está respondendo muito bem e logo devolveremos para proprietário totalmente recuperado. Ele possui uma área de plantio de flores ao lado e torcemos para que possa estendê-la onde era o lixão”, finaliza a secretária Yara.
Serviço
Quem tem lixo reciclável a ser recolhido pode acionar a Aco-marp, pelo telefone 23558-8025.
Fonte: Jornal do Sudoeste - Heloisa Rocha Aguieiras / SAO SEBASTIAO DO PARAISO