Projeto oferece acompanhamento do desenvolvimento psiquíco a bebês de Poços

Publicado em 27/11/2017 - regiao - Da Redação

Projeto oferece acompanhamento do desenvolvimento psiquíco a bebês de Poços

Compreender qual o lugar do bebê na família em que nasceu e como ele está se relacionando e interagindo com mundo, além de diagnosticar casos com desenvolvimento psiquíco em risco: estas são as finalidades do Projeto Olhar, oferecido em Poços, por quatro psicólogas. O atendimento é sempre em dupla. Enquanto uma profissional interage com o bebê, outra vai fazendo as anotações de sinais ou comportamentos que precisem de mais atenção. Para passar pela sessão, é necessário que a criança esteja acordada e é fundamental que ela seja levada por uma pessoa próxima, que a acompanha no dia a dia, como o pai ou a mãe, por exemplo. "É também um espaço para os pais falarem da rotina com a criança, dos seus medos e das suas dúvidas. Nem sempre o bebê que nasce é o bebê esperado, na fantasia do pai ou da mãe e isso gera um choque. Acolher a família também é importante neste processo Não é um momento para julgar, é um momento para ouvir, para auxiliar", explicou a psicóloga Isabela Sâmia.

Além, da observação e da escuta da família e do bebê, o atendimento inclui a aplicação do protocolo Preaut , que é uma ferramenta que possibilita a identificação de sinais de risco ainda nos primeiros meses de vida. O Preaut (Programa de Estudos e Pesquisa em Autismo) foi criado na França, onde pesquisas foram realizadas através da observação de filmagens de bebês que mais tarde foram diagnosticados com algum tipo de disfluência no desenvolvimento (principalmente o autismo). Os pesquisadores começaram a encontrar semelhanças nestes bebês construindo assim um protocolo, que atualmente já está validado, relacionado ao desenvolvimento do bebê nos seus primeiros anos de vida. Além do autismo, o trabalho também é capaz de identificar dificuldades visuais, auditivas, de relacionamento entre a mãe e o bebê e até a depressão infantil.

O acompanhamento é indicado a partir do quarto mês de vida, período em que o bebê começa a apresentar a maturidade física suficiente para início da observação. Quando nada em especial é detectado no desenvolvimento da criança, o próximo atendimento é feito seis meses após a primeira consulta. "A gente deixa as portas abertas, se os pais sentirem necessidade de retornar antes deste prazo, o atendimento está à disposição também", disse Laís Helena Boson, outra psicóloga do projeto.
"É um tipo de atendimento que complementa o acompanhamento pediátrico e traz mais segurança às famílias e às crianças. Trata-se de uma assistência com maiores chances de resultado, mais inclusiva e que representa menos custo para a rede de saúde", avaliou o secretário de Saúde, Carlos Mosconi.

O projeto funciona por meio da parceria com a Associação Movimenta Brasil e aprovação do Ministério da Saúde, por meio do Pronas (Programa Nacional de Apoio à Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência). A Prefeitura de Poços é parceira também, por meio da disponibilização de local e de estrutura física para os atendimentos, que são realizados as terças e sextas-feiras, no Programa Materno Infantil, na Rua Araguaia, 67, Jardim dos Estados.

Secretaria Municipal de Comunicação Social - Prefeitura de Poços de Caldas