Promotor declara guerra ao tráfico de drogas em Guaxupé

Publicado em 25/06/2010 - regiao - Carlos Alberto/ojogoserio@yahoo.com.br

O promotor Thales Tácito Pontes Luz de Pádua Cerqueira declarou guerra ao tráfico de entorpecentes em Guaxupé. Convencido de que as drogas são o atual inimigo número um da sociedade, ele elevou a figura de Jesus Cristo várias vezes durante a entrevista para frisar seu objetivo de combater a ação dos comerciantes de tóxico no Município.
Thales Tácito deixou recentemente a Curadoria do Patrimônio Público para atuar na área criminal. Isto, para colocar em prática sua luta contra o poderio das drogas. “Em nome de Jesus, estou falando para todos os traficantes que atuam em Guaxupé: ou vocês abandonam a atividade ilícita ou saiam da cidade, pois se insistirem serão todos presos!”, advertiu o promotor.
Decidido, o representante do Ministério Público local desencadeará seguidas operações, a fim de vasculhar bairros e o centro da cidade, em busca de traficantes. “Tenho certeza de que os traficantes sairão daqui, pois não sou eu quem está pedindo, mas sim Jesus. E, quando há Jesus na história, pode saber que não há lugar para bandido. Então, ou eles saem daqui ou serão surpreendidos com quinhentos mandados de prisão, trinta ou quarenta interceptações telefônicas e tal...”, ameaçou. Indagado sobre a possibilidade de colocar sua integridade física em risco, o promotor respondeu: “é como diz o Salmo 23: ‘o Senhor é meu pastor e nada me faltará’. Se alguém for louco de fazer alguma coisa contra mim ou minha família, se dará mal, pois em vez de um, serão pelo menos quinze promotores! É igual aconteceu com o assassinato do promotor em Belo Horizonte, quando mais de cinquenta promotores participaram de operação contra uma pessoa”, argumentou ele.
Consciente, Thales Tácito sabe da dificuldade que encontrará. Porém, está convicto de que terá sucesso na nova empreitada. “Não vamos enganar os seus leitores, dizendo que acabaremos com a criminalidade, pois não vamos! Então, a gente aprende que a deliquência não acaba! O que acontece é a migração do crime, como aconteceu no Estado de São Paulo, quando apertou-se o crime organizado, ele espirrou de lá e foi para o Espírito Santo”, exemplificou a autoridade.

Sistema prisional - Idealizador do projeto “O Bom Samaritano e o Filho Pródigo”, que visa a ressocialização de detentos por meio da religiosidade e de vagas no mercado de trabalho, Thales Tácito fala sobre as futuras melhorias na segurança pública. “Por enquanto, não temos um sistema integrado de identificação policial, sendo que se o cara comete um crime em Minas, São Paulo não fica sabendo. Mas, com a identificação biométrica, isso acabará. Vamos ter uma identificação única no País inteiro”, adiantou ele.
Ainda no tocante ao progresso do sistema carcerário, Thales acrescentou: “agora, temos as tornozeleiras, as quais tentaremos implantar em Guaxupé. Vamos ver se conseguimos o apoio do presidente da República, de deputados e a imprensa, pois aí poderemos controlar se os presos que cumprem pena em regime aberto estão na casa deles mesmo ou na rua, praticando crimes. Ou seja: apertou, todo mundo se une, reduz-se a criminalidade! Botando as pessoas que saem do sistema prisional para trabalhar, é óbvio que evita-se a prática do crime”, finalizou o promotor.