Publicado em 01/02/2018 - regiao - Da Redação
Na tarde da
terça, 30, na Associação Médica de Poços, a reunião técnica mensal dos
enfermeiros da Atenção Básica falou sobre a hanseníase. Durante todo o mês, a
doença foi assunto nas unidades básicas de saúde que organizaram variadas ações
dentro do Janeiro Roxo, para mobilizar a população e alertar para a necessidade
de atenção para os sintomas que muitas vezes são ignorados. Manchas
esbranquiçadas, avermelhadas, acastanhadas, em qualquer parte do corpo e com
diminuição ou ausência de sensibilidade, especialmente ao calor e ao toque,
merecem atenção. Também são sinais de alerta: dormência em membros superiores e
inferiores, além de nódulos que aparecem e desaparecem com frequência. Em graus
avançados, a hanseníase pode deixar sequelas graves como lesões que evoluem
para incapacidade. Os enfermeiros assistiram a um vídeo com relatos reais de
pacientes diagnosticados com a hanseníase, que passaram pelo tratamento e hoje
compartilham os medos vividos e a superação conquistada pela busca de
atendimento médico. Na sequência, a enfermeira e referência técnica do Programa
Municipal de Hanseníase, Cristina Filomena Lazzari Gomes, conversou com os
enfermeiros que relataram as experiências nas unidades de saúde. “A intenção
foi de esclarecer dúvidas e de colocar o Programa Municipal à disposição dos
enfermeiros que quiserem acompanhar nosso trabalho, com a prática
especializada, porque essa troca fortalece todo o serviço prestado”, afirmou.
A unidade do
Parque Pinheiros foi uma das que realizaram atividades como a sala de espera,
para levar orientação aos pacientes. A enfermeira Aline Aparecida Ramos estava
entre os participantes da reunião. “Foi ótima, prática e bem objetiva”.
Em 2017, três
novos casos foram identificados e tratados pelo SUS em Poços e um caso vindo de
outro município, passou a ser atendido na cidade. Nas Unidades Básicas de
Saúde, está disponível o teste de sensibilidade, que também pode ser feito no
Programa Municipal de Hanseníase, na Policlínica Central. Havendo suspeita, o
diagnóstico é comprovado por exames clínicos e laboratoriais. O tratamento é
medicamentoso, oferecido pelo SUS e a doença tem cura. “O último domingo do mês
de janeiro é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase e 31 de
janeiro é o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, então aproveitando estas
datas e o Janeiro Roxo, decidimos fazer esta roda de conversa”, disse Camila
Bacelar, coordenadora da Atenção Básica.
O secretário de Saúde lembra que janeiro é o mês de mobilização, mas que os serviços de prevenção, orientação, diagnóstico e tratamento da hanseníase funcionam de forma permanente. “A qualquer momento, verificando qualquer sinal diferente ou qualquer sintoma que caracterize a hanseníase, é necessário procurar a unidade básica de saúde mais próxima de casa, para buscar este atendimento e se necessário, o encaminhamento ao Programa Municipal, na Policlínica”, finalizou Carlos Mosconi.
ascom