Publicado em 26/05/2018 - regiao - Da Redação
A Prefeitura de São Sebastião do Paraíso, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e do Centro Especializado de Assistência Social (Creas), promoveu na sexta-feira, 18 de maio, no salão nobre da Libertas Faculdades Integradas, o 3º Seminário “Faça Bonito: Proteja Nossas Crianças”. O evento faz parte da mobilização para a conscientização do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Cerca de 300 pessoas acompanharam as palestras que visaram analisar os impactos dessa violência na vítima, na família e na comunidade.
De acordo com Paula Pimenta, coordenadora do Creas, o
objetivo do evento foi mobilizar e sensibilizar a sociedade para aderir às
campanhas e trabalhos de enfrentamento contra a violência à crianças e adolescentes.
“Durante todo o ano trabalhamos intensamente nos Centros
de Referência da Assistência Social no sentido de acolhimento e cuidado com as
vítimas. Temos uma equipe capacitada para o trabalho. Mas desenvolvemos também
um amplo trabalho de conscientização com a comunidade”, explica.
Edson Vander Assunção, defensor público na Comarca de São
Sebastião do Paraíso e docente de Direito na Libertas, falou sobre “A tutela da
dignidade sexual de crianças e adolescentes no ordenamento jurídico brasileiro”.
Ele lembrou da importância dos cuidados com as crianças e adolescentes.
“Tutelar é cuidar e esse cuidado tem que ser constante, não podemos
negligenciar esta fase, temos que
acercar a infância de zelo”, disse.
A médica pediátrica Carolina Fuocco da Rocha, afirma que
os impactos causados nas vítimas de violência sexual na fase adulta são
desastrosos.
“As marcas deixadas são muito profundas e podem gerar
diversos conflitos, como Transtornos Obsessivos Compulsivos (TOC), perturbações
mentais, depressão, somatizações no corpo, doenças de pele e até mesmo o
suicídio. E a violação sendo causada por aqueles que deveriam cuidar dessa
criança ou adolescente é ainda mais degradante”. Fuocco destaca ainda a
importância dos responsáveis ficarem atentos a qualquer mudança de
comportamento da criança e investigarem profundamente o motivo, a fim de romper
qualquer ato violento.
texto e fotos: Susana Souza
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