TODAS AS CRISES ao mesmo tempo

A página não vira. Impressionante, gente. Só se fala e ouve no governo com seus erros continuados, no desgoverno, no Impeachment da presidente, nos líderes políticos, no presidente da Câmara Federal, no presidente do Senado, nos delatores, na operação da Lava-Jato, na carceragem da Polícia Federal na capital paranaense, no Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e no Juiz Sérgio Moro. Tudo isto, nos canais televisivos, jornais e revistas, a todo o instante. Tenho uma vontade tremenda de escrever um artigo sobre a crise. Crise? É difícil saber qual. Está tudo de cabeça para baixo no país, que não tem mais o que pensar em divulgar. Dirão os imediatistas e os cientistas políticos – Cada vez mais perto. Estão chegando aos políticos e aos verdadeiros chefões. Mas até quando o iluminado Sérgio Fernando Moro vai aguentar? Ou até quando o deixarão conduzir o imbróglio jurídico? Aqui é que mora o perigo: o que pode derrubar a Lava- Jato. O poeta mineiro, de Itabira, Carlos Drummond de Andrade disse que “No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho. Tinha uma pedra”. Será? Vamos pagar para ver. Ou melhor, vamos ficar com a frase: “O Brasil é de uma fidelidade a si mesmo enorme. Muda para não mudar. É metade corrupção, metade incompetência”. Do historiador no Valor Econômico – Evaldo Cabral de Mello.

Fernando de Miranda Jorge - Jacuí/MG / E-mail: fmjor31@gmail.com