Alex também contou aos policiais que achou estranha a curiosidade do ex-prefeito, que fez muitas perguntas a ele sobre a vacinação no município, qual era o nome da vacina, quantas doses continha em cada frasco, quantas doses restavam no município, qual faixa etária a prefeitura estava vacinando.
Perguntou também, segundo Alex, qual a temperatura em que a vacina deveria ser conservada e se suportaria ser encaminhada na temperatura ambiente para outro local e onde estariam as doses destinadas para a população de Catuji.
Visita com chocolates e pedido inusitado
A enfermeira que flagrou o ex-prefeito com a caixa de vacinas nas mãos disse aos policiais que, na sexta-feira, Fuvio foi ao Posto de Saúde acompanhado de sua filha menor de idade, com uma sacola de chocolates. Entregou-lhe a sacola e disse que seria um presente para o coordenador Alex.
E começou a perguntar sobre o ambiente e estrutura física do local. Chegou a propor melhorias na estrutura, segundo ela. Perguntou onde ficavam as vacinas e disse que estava sentindo muito calor.
Então, pediu permissão para se refrescar na sala de armazenamento das vacinas. Ela permitiu que o ex-prefeito entrasse e depois de algum tempo, viu Fuvio com um pacote de vacinas coronavac nas mãos. Em nova recontagem do estoque de vacinas, os funcionários da SMS constataram que faltavam 20 doses.
Ex-prefeito diz que denúncia é perseguição política
O ex-prefeito se defendeu das acusações e contou aos policiais que chegou à unidade de saúde acompanhado por sua filha, menor de idade, cumprimentou as enfermeiras pediu permissão para entrar na sala de vacinas.
Abriu a geladeira para mostrar os frascos da vacina para sua filha.
Disse que não subtraiu nada e que durante o tempo em que esteve na sala, jamais ficou sozinho e que foi observado por um homem chamado Zé Mineiro. E que depois de ver as vacinas, fechou a geladeira e deixou o local.
Disse aos policiais que a denúncia contra ele é fruto de perseguição política, que a oposição aproveitou dessa acusação contra a sua pessoa para o expor em diversos grupos de WhatsApp e em veículos de comunicação da região e do estado de Minas Gerais, com o ensejo de deteriorar e desgastar a sua imagem perante a opinião pública.
A Reportagem tentou falar com o ex-prefeito Fuvio e com a atual prefeita de Catuji, Maria Jose de Oliveira (DEM), por mensagens. Nenhum dos dois respondeu as perguntas enviadas a eles. Na Delegacia de Polícia Civil de Novo Cruzeiro, a informação é o que inquérito policial que investiga o caso está em andamento.