Publicado em 26/10/2010 - saude - Assessoria de Comunicação
O deputado estadual Carlos Mosconi (PSDB), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Almg), pediu maior atenção das autoridades sanitárias de Minas Gerais para execução de medidas preventivas para evitar que a bactéria, conhecida como KPC, encontrada nos hospitais de Brasília, chegue ao território mineiro. Na Capital Federal, a bactéria já provocou a ocorrência de 18 óbitos.
Na reunião da Comissão de Saúde na quarta-feira (20), Mosconi solicitou a realização urgente de audiência pública, com a participação de especialistas, para discutir ações em nível de Estado. O deputado informou, também, que o governo federal já reforçou fiscalização para coibir a venda de antibióticos sem receita médica.
Mosconi ressaltou que o uso indiscriminado do medicamento torna a bactéria mais resistente e facilita sua proliferação. O deputado Doutor Rinaldo Valério (PSL) considerou importante a proibição de venda de antibióticos sem receita, porém, alertou que à ineficiência do sistema de saúde dificultará o acesso da população ao medicamento.
Entre as medidas propostas por especialistas está a retenção da receita médica de antibiótico dos clientes pelas farmácias. O Ministério da Saúde (MS) informou, na quarta-feira, que 183 pessoas são portadoras da bactéria e 46 delas desenvolveram infecção. De acordo com o MS, a superbactéria já atinge também os estados de São Paulo e Paraná.
USO INDISCRIMINADO
Infectologistas afirmam que no organismo humano existem, naturalmente, mais bactérias do que células. Segundo eles, o uso indiscriminado de antibióticos mata muito mais bactérias do que o necessário para livrar o paciente da doença. Os especialistas informam, ainda, que ao eliminar bactérias inofensivas, as resistentes aos antibióticos ocupam espaço e se proliferam. “Assim, quanto mais medicamento, mais bactérias eliminadas e mais espaço para ação das mais resistentes”, alertam.